2h da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente na saída do show do Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa. “E aí, o show foi legal?”
- Tipo f* mesmo!
Fiquei tipo assim calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista.
O dia tinha sido difícil, cansativo, trabalhei a exaustão.
Mas quando vi a animação de minha filha, o sorriso , a alegria contagiante da minha pequena depois daquele show, meu coração também estava mais feliz.
Deixei todas as amigas dela em suas respectivas casas, e pouco tempo depois chegaria na minha as 4h da manhã.
No dia seguinte, levantei e fui ao quarto de minha querida filha. Ela estava dormindo, mas quando abri a porta ela sorriu e disse :
- Bom dia, pai.
Eu respondi:
- Boa Tarde, querida. Já são 14 horas.
Ela então sorriu novamente e falou :
- O show ontem foi demais, do C *. Vamos ao próximo, pai ?
Me assustei com o seu novo vocabulário, mas fiquei um tempo calado e respondi :
- Seu pai ja esta velho para essas coisas. Isso é para jovens.
E ela :
- Pare com isso, papai. Hoje em dia só é velho quem quer.
Na sexta seguinte lá estava eu. Todo arrumado, cantando o mais alto possivel, me divertindo como há muito tempo não fazia. O público era somente de jovens entre 16 e 22 anos, mas quem se importa ? Minha filha se sentia mais radiante do que na semana passada Parecíamos duas crianças. Ela estava me ensinando uma lição que mudaria para sempre a minha vida.
Nome: Tadeu Queiroz Thurler
Turma: 1 COM 12 C
Comunicação Social- Jornalismo.
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