Oficina Ler e Ver

O segundo semestre de 2011 chegou. A turma de iniciantes do curso de Comunicação Social começa a chegar à aula de Técnica de Redação e Expressão da professora Cintia Neves. São alunos de primeiro e segundo períodos. Um pessoal cheio de gás! Futuros jornalistas e publicitários.

A professora dá aula. “Que aula diferente daquela do nível médio”, pensam alguns! Depois de uns dias, é lançado o desafio: criar um blog. Assim, a turma já iria mostrar suas próprias produções e sua forma de pensar sobre um determinado assunto. E ainda poderia usar a criatividade e mostrar que o blog seria uma espécie de laboratório repleto de experiências.

E assim surge o Oficina Ler e Ver. Aqui, o internauta poder ler o que produzimos e ver nossa criatividade ao atrelar texto e imagem. Será que vamos conseguir? Claro que sim! Afinal, gente de comunicação é curiosa e adora desafios!!! Então, caro internauta, leia, curta e aprecie as primeiras produções textuais de futuros jornalistas e publicitários. E divirta-se com nossas descobertas e nossas visões de mundo!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

*Ainda vivemos como nossos pais.*

 A resposta veio de uma mais exaltada do banco de trás:
E reparando no comportamento delas, lembrando meus anos de baile, noites inesquecíveis com os meus grandes amigos Paulo e Jorge, da gente chegando nos brotos, muita saudade daquela época dos embalos de sábado a noite, e hoje eu estou aqui de tiozão ouvindo minha filha e as amigas elétricas, dizendo que foi F*, e tudo mais.
Fiquei tipo assim calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista.

No dia seguinte na empresa, contei da noite de ontem, minha filha e as amigas, tão felizes com o show, e meus colegas e eu nos mergulhamos então na nossa nostalgia da nossa juventude, lembrando de quão bom era nossa época, lembrando dos nossos casos de rebeldia com nossos pais e hoje nós que sofremos com isso em casa, com nossos filhos e filhas sendo rebeldes sem causa e querendo fazer o que querem. De repente chegou Luana, uma colega de trabalho dizendo pra eu tomar cuidado que a juventude de hoje em dia é muito diferente da nossa época, que tudo é mais explícito, tudo tem fácil acesso tanto quanto coisas boas e ruins. Fiquei preocupado. Chegando em casa, fui conversar com Julia, minha filha, que foi ao tal show, e perguntei:
-Filha, esse show tinha alguma coisa que não era certa?
E ela me falou:
-Pai depende do que você acha que não é certo, se você está tentando me perguntar se tinha drogas, sim tinha drogas de todos os tipos, bebidas de vários gostos, gente de toda parte e opções de vida diferentes.
Eu, assustado com a resposta dela, não sabia o que fazer. Não sabia se conversava com ela sobre essas coisas pra ela ficar longe e tal, ou se ficava calado, que pela resposta parece que ela sabe dessas coisas mais do que eu mesmo. Esqueci o meu medo e perguntei papel de pai não se pode ter medo, mesmo sendo chato e repetitivo:
-Você sabe que sou pai e me preocupo, você já experimentou essas coisas? Cuidado com as companias minha filha, hoje em dia não se pode confiar em ninguém....
E continuei a dar meu sermão de pai. Não que eu goste! Eu odiava quando meus pais faziam isso comigo. Porém, dando esse sermão, pensando naquelas meninas felizes no meu banco de trás falando da noite que tiveram, eu pensando no trabalho sobre as minhas historias. Conclui que as épocas podem ter mudado, mais as preocupações, a alegria de sair e descobrir o mundo e outras pessoas, os sermões já decorados dos pais, como “não aceite nada de ninguém” não mudam, e é assim como diz Elis Regina “Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais

Giselle Christine - 1com12D - Manhã - Publicidade

Tô ficando velho! Um dia desses, às
2h da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente na saída do show do Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa. “E aí, o show foi legal?”
- Cara! Tipo assim, f*!
E a outra emendou:
- Tipo f* mesmo!

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