Oficina Ler e Ver

O segundo semestre de 2011 chegou. A turma de iniciantes do curso de Comunicação Social começa a chegar à aula de Técnica de Redação e Expressão da professora Cintia Neves. São alunos de primeiro e segundo períodos. Um pessoal cheio de gás! Futuros jornalistas e publicitários.

A professora dá aula. “Que aula diferente daquela do nível médio”, pensam alguns! Depois de uns dias, é lançado o desafio: criar um blog. Assim, a turma já iria mostrar suas próprias produções e sua forma de pensar sobre um determinado assunto. E ainda poderia usar a criatividade e mostrar que o blog seria uma espécie de laboratório repleto de experiências.

E assim surge o Oficina Ler e Ver. Aqui, o internauta poder ler o que produzimos e ver nossa criatividade ao atrelar texto e imagem. Será que vamos conseguir? Claro que sim! Afinal, gente de comunicação é curiosa e adora desafios!!! Então, caro internauta, leia, curta e aprecie as primeiras produções textuais de futuros jornalistas e publicitários. E divirta-se com nossas descobertas e nossas visões de mundo!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

*Uma história de amor*

Antônio migrou de sua cidade no interior da Bahia para o Rio de Janeiro à procura de um trabalho que lhe desse melhores condições de vida. Pretendia comprar uma casa melhor para sua mãe e lhe dar um pouco de conforto para que ela pudesse descansar na sua velhice.
Nos primeiros anos na nova cidade, Antônio trabalhou em vários lugares, mas não ficou em nenhum deles por muito tempo. Por trabalhar em tantos lugares, Antônio conhecia muita gente, mas de amigo mesmo só tinha Francisco, chamado também de Chico. Os dois logo se identificaram porque Francisco também era migrante vindo de Sergipe. Logo surgiu uma grande amizade em que um contava com o outro.
Depois de sair de mais um trabalho, Antônio foi ao Centro do Rio atrás de um trabalho. Não conseguiu o serviço porque a vaga já estava preenchida, mas no mesmo prédio empresarial havia um painel de oportunidades de uma agência de publicidade oferecendo um serviço de Office Boy. Após analisar as qualificações pedidas no mural, o rapaz resolveu arriscar e ir até o escritório.
Ao entrar na sala de recepção, não havia ninguém para recebê-lo. Sentou e esperou que alguém aparecesse. Logo se distraiu com uma fotografia com o fundo branco e no centro uma beterraba que estava pregada na parece. O primeiro pensamento que lhe ocorreu foi: para que uma pessoa tiraria a foto de uma beterraba e penduraria na parede? Em seguida, começou a analisar a imagem do legume, perceber a arte que poderia representar e se perguntar se ele não seria capaz de tirar uma foto tão simples e bonita quanto aquela.
Seus pensamentos foram interrompidos quando uma jovem apressada, falando ao celular veio de dentro do escritório e surpreendeu-se ao vê-lo sentado ali. A moça se identificou como Janete e explicou que era recém-formada em publicidade e montou aquele escritório para começar a sua carreira profissional. Janete estava bem interessada em contratar alguém logo e gostou do rapaz. O convidou para conhecer as outras salas da pequena agência. Em uma delas, haviam papéis espalhados e Janete explicou que eram projetos para a primeira campanha da agência e o produto era uma marca não muito conhecida de farinha láctea.
Com o tempo a pequena empresa foi crescendo. Antônio ganhou a confiança da patroa. Uma amizade foi nascendo entre os dois. Em uma tarde, a doce Janete convidou Antônio para almoçar. Eles conversaram sobre diversos assuntos. Falaram sobre música. Antônio gostava de sertanejo e surpreendeu-se quando sua chefe disse que também gostava. Aproveitando a oportunidade, ele a convidou para ir ao show de João Bosco e Vinicius naquela mesma noite como forma de agradecimento pelo almoço. E ela aceitou.
Depois do show, no carro de Janete, ao som da música A Via Láctea, do Legião Urbana que os dois se entregaram à paixão e deram o primeiro beijo.
Tudo estava ocorrendo muito bem. Antônio estava conseguindo mandar um bom dinheiro para dona Cesaria, sua mãe, estava namorando, fazendo curso de fotografia. E sempre compartilhava essa alegria com seu amigo Chico. Mas  inveja lhe subiu à cabeça. Francisco conheceu Janete, sabia onde ela morava. Não demorou muito até que ele chamasse um capanga e sequestrasse Janete.
Desesperados, os pais da jovem avisaram o futuro genro e prepararam o dinheiro. Antônio se encarregou de ir pessoalmente fazer a troca do dinheiro por sua amada.
No dia e na hora marcada, o jovem foi ao encontro e ficou surpreendido quando viu que era seu melhor amigo que estava o esperando e apontando uma arma para a cabeça de Janete. A jovem estava machucada no rosto. O clima estava tenso e Janete chorava sem parar.
Quando foram executar a troca, Antônio aproveitou um momento de descuido e conseguiu pegar a namorada, dar um soco em Chico e desarmá-lo. Antônio ainda bateu em Francisco até ele cair no chão. Tudo parecia acabado, mas Chico ainda tinha outra arma presa na cintura. Mesmo caído no chão, estava pronto para atirar em Antônio, que estava de costas para ele, mas Janete rapidamente ela pegou a arma que estava na mão de Antônio e atirou duas vezes contra Francisco acertando-lhe no peito e na garganta.
Foi só o trauma de tudo o que aconteceu passar para o casal decidir que gostariam de passar o resto de suas vidas juntos. E foi no casamento de seu filho que dona Cesaria conheceu o Rio de Janeiro. E voltou um ano depois para conhecer seu primeiro netinho.

Jéssica Talarico
Jornalismo - Manhã - 1º período – 1COM12D

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