Oficina Ler e Ver

O segundo semestre de 2011 chegou. A turma de iniciantes do curso de Comunicação Social começa a chegar à aula de Técnica de Redação e Expressão da professora Cintia Neves. São alunos de primeiro e segundo períodos. Um pessoal cheio de gás! Futuros jornalistas e publicitários.

A professora dá aula. “Que aula diferente daquela do nível médio”, pensam alguns! Depois de uns dias, é lançado o desafio: criar um blog. Assim, a turma já iria mostrar suas próprias produções e sua forma de pensar sobre um determinado assunto. E ainda poderia usar a criatividade e mostrar que o blog seria uma espécie de laboratório repleto de experiências.

E assim surge o Oficina Ler e Ver. Aqui, o internauta poder ler o que produzimos e ver nossa criatividade ao atrelar texto e imagem. Será que vamos conseguir? Claro que sim! Afinal, gente de comunicação é curiosa e adora desafios!!! Então, caro internauta, leia, curta e aprecie as primeiras produções textuais de futuros jornalistas e publicitários. E divirta-se com nossas descobertas e nossas visões de mundo!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

*Os tempos são outros*

Tô ficando velho! Um dia desses, às 2h da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente na saída do show do Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa. “E aí, o show foi legal?”
  A resposta veio de uma mais exaltada do banco de trás:
- Cara! Tipo assim, f*!
E a outra emendou:
- Tipo f* mesmo!
Fiquei tipo assim calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista e pensando em como as coisas estão mudadas. No meu tempo de adolescente, falar palavrão na frente dos pais era muito feio. Quando eu soltava algo e minha mãe escutava, ela sempre esfregava sabão na minha boca e dizia: "Menino, isso é muito feio. Falar palavrão na frente dos mais velhos não é coisa que um menino educado faz." Pensei em dar uma lição de moral nessas meninas mas desisti porque eu seria o chato, o careta, e também eu não estava com vontade de falar nada, só pensava em dormir pois eu teria que acordar cedo para ir trabalhar.
Quando chegamos em casa, todas as meninas foram para o quarto de minha filha e eu fui beber água antes de ir me deitar. Quando vou para o meu quarto sempre passo perto do quarto de minha filha para ver se está tudo bem. Ao passar escutei risinhos e elas falando sobre os meninos que elas "ficaram" no show. Eu pensei que os tempos são outros mesmos pois na minha época não existia o "ficar", só o namorar e era a sério, tinha que apresentar a família e tudo mais. Mas ao mesmo tempo percebi que minha filhinha já estava crescida, era quase uma mulher e que muito em breve iria se casar e constituir família. Só que para um pai, os seus filhos serão crianças para sempre e é como vou lembrar de minha filha e das amigas: ainda crianças e brincando de bonecas.

Nome: Renata Brandão de Carvalho
Curso: Jornalismo
Turma: 1COM12D (manhã)

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