Oficina Ler e Ver

O segundo semestre de 2011 chegou. A turma de iniciantes do curso de Comunicação Social começa a chegar à aula de Técnica de Redação e Expressão da professora Cintia Neves. São alunos de primeiro e segundo períodos. Um pessoal cheio de gás! Futuros jornalistas e publicitários.

A professora dá aula. “Que aula diferente daquela do nível médio”, pensam alguns! Depois de uns dias, é lançado o desafio: criar um blog. Assim, a turma já iria mostrar suas próprias produções e sua forma de pensar sobre um determinado assunto. E ainda poderia usar a criatividade e mostrar que o blog seria uma espécie de laboratório repleto de experiências.

E assim surge o Oficina Ler e Ver. Aqui, o internauta poder ler o que produzimos e ver nossa criatividade ao atrelar texto e imagem. Será que vamos conseguir? Claro que sim! Afinal, gente de comunicação é curiosa e adora desafios!!! Então, caro internauta, leia, curta e aprecie as primeiras produções textuais de futuros jornalistas e publicitários. E divirta-se com nossas descobertas e nossas visões de mundo!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

*Tô ficando velho!*

Tô ficando velho! Um dia desses, às 2h da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente na saída do show do Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa. “E aí, o show foi legal?”
A resposta veio de uma mais exaltada do banco de trás:
- Cara! Tipo assim, f*!
E a outra emendou:
- Tipo f* mesmo!
Fiquei tipo assim calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista. Confesso que com medo, achando que mais algum comentário daqueles fosse surgir. Pensei várias vezes em me manifestar, mas me calei.
A conversa parecia para elas interessante, pois a palavra que mais se destacou aquela noite foi f*!
- Tipo tu viu aquela parte do show ? Ele olhou para mim cara. Disse a mais tagarela. Se é que todas ali estavam tagarelas.
Essa foi a frase para começar a discussão.
- Não foi para mim.
- Deixa de ser iludida foi para mim.
Na verdade acho que todas ali eram iludidas. Na certa, ele não olhou para nenhuma. Mas para explicar isso para meninas enlouquecidas, iria ser um tanto complicado, como elas dizem, seria ‘tenso’.
Eu, por um momento, achei que nunca conseguiria completar o meu percurso. Em um momento não, em todos os momentos. Cada vez que eu olhava para o relógio, ele parecia parado. Nunca senti tanto ódio daqueles ponteiros. Pior que aquilo tudo, foi quando minha filha disse:
- Elas vão dormir lá em casa, pai.
 E pior ainda foi ao chegar em casa ouvir de quase todas: -
 Obrigada coroa.
‘’Coroa, como assim? É me convenci que estava ficando velho. ‘’ Mas Deus ouviu minhas preces e logo elas pegaram no sono e eu consegui voltar a dormir. Mas que noite f* foi aquela.


Aluna: Camile Rodrigues
Turma: 1COM12D - Publicidade

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